sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Eleições nos EUA


McCain, Obama e Hillary: Porque eu não escolho o do meio.

A imprensa brasileira é mesmo engraçada. A imensa maioria de seus profissionais, que fecha sem questionamento com as utopias regressistas da esquerda e aplaude qualquer intelectual de botequim que critica o “imperialismo norte-americano”, é a mesma turma que não desgruda o olho do noticiário para saber quem vai ser o futuro presidente dos Estados Unidos. Como dóceis jornalistas da colônia, interessam-se mesmo é pela eleição que conta, ou seja, a que vai escolher quem realmente manda. Faz sentido. Para que perder tempo com o sucessor de Lula, se é com o escolhido deste novo pleito americano que serão feitos os ajustes que realmente contam?
Particularmente, como um dócil colonizado, já tenho o “meu” candidato. E, como era de se esperar, ele está perdendo de lavada na eleição da opinião pública. Adivinhou: não, não votaria em Barack Obama nem por um “green card”.
Obama, como não poderia deixar de ser, é o queridinho da mídia neste momento. Todos os comentaristas de política da cena brasileira e americana, sem exceção, estão encantados com a verve do doutor de Harvard, que insinua que a sua própria eleição, por si só, já seria, por assim dizer, um acontecimento. Quando questionado sobre sua absoluta inexperiência para governar, e o medo que sua inabilidade causa naqueles que sabem que política não é apenas vontade, limitou-se a dizer: “A Esperança vai vencer o medo”. Ai ai ai, já vi esse filme...
Sim, é isso mesmo: Obama, talvez até sem se dar conta, segue as pegadas de Lula, o homem que protagonizou o maior estelionato eleitoral da história do sistema republicano. A mística da minoria é sempre um apelo sedutor, e Obama sabe disso. Assim como Lula galvanizou o país por duas vezes com a idéia traiçoeira de que a eleição de um “presidente-operário” era a única forma de legitimar a democracia, Obama também faz de sua condição social uma espécie de chantagem. Significa mais ou menos o seguinte: Eleger Obama é o máximo porque Obama é negro e descendente de islâmicos, e se os americanos negarem isso, significa que a democracia americana não funciona. Trata-se, portanto, de uma chantagem política que não admite contestação. Por isso, não simpatizo com Obama, como não simpatizo com embusteiros.
O “meu” candidato nesta disputa, exatamente como na eleição presidencial de 2006 no Brasil, foi escolhido por exclusão. Naquela eleição, eu preferia o Serra, mas num esforço imenso para conseguir perder a eleição, o meu partido escolheu Alckmin. Eu preferia o pastor Hukabbe, que desistiu, assim como o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, o homem que desmistificou os equívocos da esquerda na segurança pública com sua política de “Tolerância Zero” para o crime. McCain, o republicano que restou, pelo menos não se verga ao discurso do parasitismo, e para nós, brasileiros, um republicano é sempre mais negócio, embora a opinião pública brasileira seja sempre mais simpática aos democratas, sempre favoráveis a barreiras contra nossos produtos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Multiculturalismo? Tô fora!


Charge americana, brincando com as falácias do senso comum do "politically correct"

Uma das catilinárias que tem dado mais espaço e ênfase para o absurdo com ares acadêmicos, é o blá-blá-blá do multiculturalismo.

Essa mistificação violenta de que todas as culturas ao redor do mundo são equivalentes, é uma empulhação sociológica, uma pseudo-ciência, um embuste.

Como dizer que a cultura judaica é, por exemplo, igual às culturas tribais que extirpam o clitóris de suas mulheres?

Como sugerir que a cultura ocidental seja moralmente igual à de tribos indígenas que matam seus bebês quando nascem com alguma deformidade?

Nenhum antropólogo ou pseudo-humanista vai me convencer jamais que uma cultura que mata bebês indígenas é igual à civilização cristã. NÃO É.

Ninguém jamais vai me convencer que uma cultura que extirpa o hímem das mulheres é equivalente à cultura cristã. NÃO É.

Creio que, acima da pluralidade cultural, está a Vida.

É por isso que sou a favor dos missionários da Jocum que retiraram da selva uma criança indígena que iria ser morta em um ritual de sua tribo por ter nascido defeituosa.

Na época, antropólogos, sociólogos e toda essa gente politicamente correta "caiu de pau" em cima dos missionários, queriam tirar eles de lá, o escambau. Até a Televisão pautou sua cobertura nas opiniões dessa turma do multiculturalismo.

Por que será que essa gente não foi visitar a criança, que hoje, dois anos depois, vive em São Paulo, fez tratamento na AACD e hoje é uma vida preservada?

A sociologia e a antropologia "politicamente corretas", dominadas até o âmago por ideologias regressistas de esquerda, querem que todo o conjunto da sociedade conceda status de igualdade cultural a tribos que matam bebês. E querem fazê-lo através de excrescências como a lei de cotas, legislação específica para minorias e outras cositas.

Esquecem-se estes senhores que a Constituição já garante status de igualdade civil a todos os brasileiros, quando reitera, no artigo quinto, que todos os homens são iguais perante a lei. No entanto, de 88 pra cá, o Brasil tem aprovado excrescências jurídicas sob o condão de "leis de proteção das minorias".

Collor, sob pressão do Congresso, criou até uma reserva gigantesca com o nome de "Nação Ianomâmi", um absurdo institucional, uma nação dentro de uma nação. Brasileiro, pra entrar lá, só se for "antropólogo" ou tiver carteirinha de ONG vinculada ao PT.

Mesmo exemplo se deve dizer do famigerado Estatuto da Igualdade Racial, proposto pelo senador Paulo Paim (que, pra vergonha minha, é gaúcho). A igualdade de raça já é assegurada pela Constituição. O que Paim reivindica são privilégios legais para a raça negra, o que é a instituição formal da desigualdade.

Para justificar o injustificável, especialistas da área costumam dizer que o multiculturalismo opõe-se ao que ele julga ser uma forma de etnocentrismo (visão de mundo da sociedade branca dominante que se toma por mais importante que as demais).

Esta é apenas uma esperteza marxista. O que verdadeiramente se pretende com estes protecionismos a minorias, é a depreciação da cultura ocidental. Mas esse tipo de aberração passa batido no Congresso, sob o aplauso de ongs, conselhos e todo tipo de lobby organizado pelos tais "movimentos populares". A Universidade de Brasília montou até um comitê pra "selecionar" os candidatos pelas fotos. Um comitê decide quem é branco e quem é negro. Nem Hitler chegou a esse grau de absurdo... E pelo visto, o próximo passo é o PL 122/2006, que sob o pretexto de punir a "Homofobia", vai na verdade criminalizar a liberdade de manifestação de organizações religiosas.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Encontrando Cristo em Zacarias 3


Profeta Zacarias, em pintura de Michelângelo

Uma das passagens do Antigo Testamento que nos fornece material mais rico em referências sobre o caráter e a natureza do Messias de Israel pode ser encontrada no capítulo terceiro do Livro de Zacarias, profeta cujo nome significa “Deus traz à Memória”, e que exerceu seu ministério nos anos finais do cativeiro babilônico. Este capítulo nos relata a visão simbólica do profeta contemplando o sacerdote judeu daqueles dias, Josué (Yoshua, que no hebraico tem a mesma grafia e significado de Jesus – Yeshua, “Deus salva”), com seus trajes sujos, como se numa espécie de Tribunal Divino. O trecho que aqui pinçamos é da tradução de João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil:

1 E Ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.
2 Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreenda, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo?
3 Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo.
4 Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestes finas.
5 E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; e o anjo do Senhor estava em pé.
6 E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo:
7 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos, e se observares a minha ordenança, também tu julgarás a minha casa, e também guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre os que estão aqui.
8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o renovo.
9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.
10 Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu próximo para debaixo da videira e para debaixo da figueira.


A Bíblia Hebraica de Jairo Fidlin e Davi Gorodovitz, tradução rabinicamente reconhecida do Antigo Testamento para a língua portuguesa, apresenta praticamente o mesmo texto, quase sem discrepâncias, o que nos permite uma análise que sirva para a compreensão de ambos os credos.
Os judeus contemporâneos, seguindo o exemplo do Judaísmo da Idade Média, simplesmente se recusam a admitir a existência de evidências da messianidade de Jesus Cristo no Velho Testamento (no Hebraico, Tanakh). Rejeitam especialmente a idéia de que o Messias de Israel tenha características divinas, abominando a idéia de que o Messias possa ter os mesmos atributos da divindade, como apregoa a Doutrina cristã da Trindade.
Vejamos, entretanto, a situação apresentada por Zacarias.
Josué, o sumo sacerdote, está com seus trajes sujos, diante do Anjo do Senhor, e Satanás está presente, como uma espécie de promotor, advogado de acusação.
O sumo sacerdote Josué está com as vestes “imundas”. Alguns exegetas bíblicos, como Luís Alonso Schökel e J.L Sicre Diaz, no livro “Profetas”, apontam que este sumo sacerdote simboliza a própria missão de Cristo. Em defesa deste ponto de vista, sustentam que as vestes do sacerdote, antes sujas e depois limpas, simbolizariam a missão que Jesus cumpriu na cruz, ao levar sobre si as iniqüidades do povo e purificar nossos pecados. No entanto, por motivos que ficarão mais claros ao longo do texto, preferimos nos identificar com a posição de João Calvino, que no seu livro “Comentários sobre Zacarias”, vê no sumo sacerdote um arquétipo do próprio povo de Israel.
É bom lembrar que, no período da profecia, a monarquia judaica estava dissolvida, sob o domínio do império babilônico, e portanto, na ausência de um rei o sumo sacerdote era a única referência da unidade nacional e étnica de Israel. As “vestes sujas” do sacerdote indicariam, portanto, o estado moral de um povo que relutava em reconstruir o Templo de Jerusalém.
A sujeira que transparece nos trajes do sacerdote também merece ser analisada. No original hebraico, a raiz do adjetivo imundo remete ao excremento humano. Portanto, as vestes do sacerdote estão cobertas de fezes humanas, o que dá uma dimensão do horror que o pecado causa aos olhos de Deus.
Diante do sumo sacerdote, está outra figura que merece menção: o Anjo do Senhor, que atua como advogado e juiz, o que em si já aponta para um ministério bastante específico. A expressão “Anjo do Senhor”, indica, claramente, que não se trata do próprio Javé, mas de um representante. No entanto, trata-se de um representante muito especial, um ministro plenipotenciário, que por vezes, atua como se o próprio Deus fosse. É o que ocorre, por exemplo, no versículo 4, quando ele ordena que os trajes de Josué sejam tirados, e em seu lugar sejam colocadas roupas “de gala”, ou seja, uma veste sacerdotal limpa e reluzente. Este ato significa a remissão dos pecados, uma atitude que só pode ser praticada pelo próprio Deus. Se este Anjo (melech, no hebraico, ou seja, “mensageiro”, “representante”) pode praticar este ato, certamente isso indica que ele detém prerrogativas divinas. Veja que ele diz no mesmo versículo: “Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade”. Ora, ele não diz “Eis que o Senhor tem feito”, ou “Eis que o Eterno tem feito”, mas ele mesmo, o Anjo, remiu a iniqüidade do sacerdote.
Portanto, o Anjo do Senhor que aparece nesta visão de Zacarias, intercedendo pelo povo de Israel e perdoando pecados, é, claramente, o próprio Cristo. Vejamos o que diz Calvino, quando comenta a expressão do versículo 2, “O Senhor te repreenda”:

“Deus fala aqui; e ainda que ele dá a impressão de ser o Anjo de Jeová. Mas, isso não é inescrutável. Pois, como no último verso, em que Zacarias diz que Josué estava diante do Anjo de Jeová, sem dúvida significa Cristo, que é chamado de Anjo e também de Jeová; assim, também, ele pode ser chamado nesse verso. Mas, que nenhuma pessoa contenciosa possa dizer que nós refinamos demasiadamente acerca destas palavras. Nós podemos tomá-las - simplesmente – que Deus menciona aqui seu próprio Nome na terceira pessoa, e esse modo e falar não é raro nas Escrituras”.

Outro versículo que merece menção, com certeza, é o versículo sétimo, quando o anjo declara ao sacerdote: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos, e se observares a minha ordenança, também tu julgarás a minha casa, e também guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre os que estão aqui. “Os que estão aqui”, no local em que ocorre a visão, são, sem dúvida alguma, os anjos que testemunham o julgamento, e que sob as ordens do Anjo do Senhor, trocam as vestes do sacerdote. Sendo o sacerdote um arquétipo da comunidade dos crentes (o povo de Israel e a Igreja), há que se considerar o que significa a expressão “livre acesso”. Aqui, nos socorre o entendimento do teólogo monergista Jefté Alves dos Santos, para quem a expressão “livre acesso” significaria o fim das restrições (mitsvot) e prescrições da Lei Mosaica. Este entendimento se coaduna perfeitamente com a Teologia da Graça, através da qual os crentes tem livre acesso a Deus, por meio da obra de Cristo, o eterno Sumo Sacerdote (Hb 4.16).
Diante do sacerdote, que em última análise, simboliza toda a Lei Mosaica, é colocada uma Pedra sobre a qual estão sete olhos. A “Pedra” é mais uma referência evidente ao “Renovo”, à “Raiz de Jessé”: o Messias, o Cristo, a quem o próprio apóstolo Pedro, centenas de anos mais tarde, chamaria de “Pedra angular”, “Pedra viva”. Sobre esta pedra estão sete olhos. O sete indica um número de perfeição, ou seja, perfeita e total atenção para com essa pedra. Os sete olhos, apontam para a atuação do Espírito Santo, tipificado nos Sete Espíritos de Deus (Isaías 11). Apocalipse 5;6 afirma que o “Cordeiro de Deus possuía sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a Terra”.
A Trindade emana desta visão profética de Zacarias em sua plenitude de atuação, apontando claramente a Jesus como um Messias Divino em sua missão redentora.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Popularidade ou Credibilidade? Eis a questão...


Quase no final de 2007, o Instituto Data Folha fez uma pesquisa de opinião para mensurar a popularidade de governadores dos dez principais Estados da Federação, por solicitação da Folha de São Paulo. O fato de a governadora Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, aparecer com o menor índice de popularidade dentre todos os governadores pesquisados, serviu de munição para os seus opositores, que por sinal, já governaram o Estado. Segundo o Datafolha, apenas 16% dos gaúchos aprovam (ótimo/bom) sua gestão. Na outra ponta, o índice de reprovação (ruim/péssimo) chega a 46%.
Uma análise apressada e descuidada do resultado desta pesquisa, logo conduz a um raciocínio equivocado, fartamente difundido por seus opositores: se Yeda é impopular, logo, não está fazendo um bom governo. Esta é uma premissa simples, mas enganosa.
Na verdade, este raciocínio equivocado é fruto de uma confusão que costuma conduzir a muitos erros na política: a incapacidade de detectar a diferença entre popularidade e credibilidade.
Popularidade, em si, é um conceito que não quer dizer muita coisa. Diz apenas se o camarada é “popular”. Um craque de futebol, um astro do cinema, e até mesmo um assassino em série, podem ser considerados “populares”, porque são conhecidos. Seu nome está na mídia a todo momento.
O que verdadeiramente interessa, não é se um governante tem popularidade, mas sim se possui credibilidade. Lula é popular, não há dúvida. No entanto, uma pesquisa de 2005 disse que a maioria da população desconfiava quando, no auge do escândalo do mensalão, ele dizia “não saber de nada”. Popularidade, sim. Falta mesmo é credibilidade, o que é terrível para um Chefe de Estado.
O governo de Yeda Crusius pode até não ter popularidade, por ter optado por realmente enfrentar a crise financeira. O governador anterior, diante da crise, preferiu cuidar da própria imagem. O resultado é que, no governo anterior, tínhamos um governador popular e um governo péssimo.
Honestamente, prefiro que a governadora continue tendo impopularidade, especialmente se ela decorrer de decisões que vão contra o aplauso fácil e demagógico, que tanto agradam a políticos de todos os matizes. Ela prometeu enfrentar a crise, e isto está fazendo, mesmo que para isso contrarie interesses corporativistas de toda espécie.
Meu desejo é que continue avançando em credibilidade. A popularidade, se colher bons frutos, virá ao natural.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Fascista, eu? ah, me poupe!



Postei recentemente os textos deste blog sobre a questão israelo-palestina em uma comunidade virtual de debates. Lá, um debatedor fez estas breves considerações a nosso respeito:

"a idéia "...Por ser pentecostal convicto sou terminantemente contrário ao direito do povo palestino..." nao cola,afinal já conhei muito pentecostal que nao era facista (grifo nosso)."

Vejamos como a linguagem normativa nos apresenta a definição de "Fascismo".

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda: sistema político nacionalista, imperialista, antiliberal e antidemocrático, liderado por Benito Mussolini (1883-1945), na Itália, e que tinha como emblema o feixe (fascio) de varas dos antigos lictores romanos, oficiais que, na antiga Roma, acompanhavam os magistrados com um molho de varas e uma machadinha para as execuções da justiça.

Segundo a Filosofia: O Fascismo se caracteriza justamente pelo combate às liberdades individuais e pela consagração do Estado como ente supremo da civilização. O próprio Mussolini consagrou a expressão-síntese do Fascismo: "Tudo pelo Estado; Nada contra o Estado, e nada fora do Estado".

Segundo a Verborragia do Militonto de Esquerda: "Fascista" virou um xingamento genérico com que o Esquerdista execra todos os que pensam diferente dele. Basta não abraçar algum dos mitos do "politicamente correto", para se tornar um sério candidato ao rótulo de fascista por parte. Outros sinônimos que eles adoram: reacionário, conservador, extrema-direita-que-urra-e-baba, e etc.

Como se vê, o critério do senhor debatedor pra me definir como "fascista" é o terceiro. Nada, porém, mais falso nem mais infiel em relação à História. Fascista, reacionário, é quem abraça a "defesa" do mito Palestino por não ter coragem de defender abertamente a extinção, pura e simples, do Estado de Israel. Defender a criação de mais uma ditadura pra subjugar árabes no Oriente Médio é que é o verdadeiro comportamento fascista.

Estes são os fatos. O resto são tertúlias flácidas para dormitar bovinos (em bom português: conversa mole pra boi dormir).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ainda a Questão Palestina, e os mitos da ultra-esquerda


Mahmoud Ahmadinejad e Hugo Chavez: emblema da união de ocasião entre dois totalitarismos: o fundamentalismo islâmico e a ultra-esquerda latino-americana. A Questão Palestina, naturalmente, depende destes apoios...

Todos os palestino-simpatizantes (ou seja, simpatizantes do terrorismo do Hezzbollah, Fatah e que tais), quando confrontados com argumentos racionais a favor de Israel, sempre tentam rotular a questão como "problema religioso", "discurso fundamentalista" e outras ilusões.

Foi justamente por causa disto que tive o cuidado de deixar de lado, na minha postagem anterior, as justificativas meramente religiosas, para apresentar argumentos à luz da História, da Política, da Sociologia e da própria Lógica. Mas enfim, há quem prefira ignorar a própria realidade, se ela não estiver de acordo com os mitos ideológicos que algumas pessoas assumem...

Há partidos no Brasil que pregam, abertamente, o fim do Estado de Israel. Justamente partidos de ultra-esquerda, que devem todo seu ideário ao judeu Karl Marx. Gente que não conhece nem mesmo a história do pensamento que pensam abraçar, pois antes de 1948, a luta pela existência do Estado de Israel era uma das bandeiras da esquerda. Hoje, claro, defender palestino é muito mais popular. Essa gente sem escrúpulos da ultra-esquerda brasileira e internacional, está sempre atrás do auto-intitulado "oprimido" da vez...

E isso que a esquerda sempre se orgulhou de defender a "auto-determinação dos povos". Hoje em dia, Israel é uma exceção nesta regra, pois nenhum partido de esquerda defende abertamente o direito de Israel à existência. Antes dos escândalos do "mensalão", o atual governo patrocinou uma pantomima diplomática, chamada "Cúpula Árabe e Sul Americana", algo assim. Sob o falso pretexto de acordos comerciais, reuniu ditadores árabes e norte-africanos para criticar Israel. Logo o Brasil, que na era FHC, chegou a ser oficialmente convidado para arbitrar o conflito...lastimável.

Porque sou contra a criação de um Estado Palestino


Tenho descendência sírio-libanesa por parte de bisavô paterno, e minha família, quase que naturalmente, se inclina para uma postura contrária à Israel neste conflito. A tendência esquerdista da maioria dos meus familiares apenas agrava ainda mais esta posição. No entanto, como cristão pentecostal convicto, dou minha posição de maneira clara: sou terminantemente contra a criação de um Estado Palestino. E isso por diversas razões, que aqui passo a elencar:

1 - O "Povo Palestino" é um mito geopolítico
Em outras palavras, o "povo" palestino não existe. O que existe é o povo árabe, que já tem territórios próprios em 90% do Oriente Médio. A Bíblia prova que . O nome "palestinos" deriva de "filisteus". Estes, porém, vieram originalmente de Creta (Caftor), ocuparam partes da região e exterminaram seus habitantes. Em Deuteronômio 2.23 lemos: "Também os caftorins que saíram de Caftor destruíram os aveus, que habitavam em vilas até Gaza, e habitaram no lugar deles" (veja também Js 13.3; Gn 10.14; Jr 47.4; Am 9.7). Os filisteus, por serem oriundos de Creta, nem eram árabes. A palavra "Palestina" é simplesmente uma designação genérica para a terra de Israel, criada pelo imperador romano Adriano.

2 – Os próprios árabes sabem que o “povo” Palestino é uma mentira
Veja o que Zuheir Mohsen, um dos mais importantes representantes da OLP, admitiu em 1977:
“Não existe um povo palestino. A criação de um Estado palestino é um meio para a continuação de nossa luta contra Israel e em prol da unidade árabe... Mas na realidade não existe diferença entre jordanianos e palestinos, sírios e libaneses. Todos nós fazemos parte do povo árabe. Falamos da existência de uma identidade palestina unicamente por razões políticas e estratégicas, pois é do interesse nacional dos árabes contrapor a existência dos palestinos ao sionismo. Por razões táticas a Jordânia, que é um país com território definido, não pode reivindicar Haifa ou Yaffa. Mas como palestino eu posso exigir Haifa, Yaffa, Beersheva e Jerusalém. Entretanto, no momento em que nossa soberania sobre toda a Palestina estiver consolidada, não devemos retardar por nenhum momento a unificação dela com a Jordânia (Fonte: Israel oder Palästina?, Rudolf Pfisterer, Brockhaus, p. 141). "
Na verdade, o nome "palestinos" só passou a ser usado a partir de 1964, quando o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização Para a Libertação da Palestina (OLP). O semanário egípcio El Mussawar escreveu a respeito:
“A criação de uma nação palestina é o resultado de um planejamento progressivo, pois o mundo não admitiria uma guerra de cem milhões de árabes contra uma pequena nação israelense. (Fonte: Israel oder Palästina?, Rudolf Pfisterer, Brockhaus, p. 140)"

3 – Israel é a única nação democrática da região
O único país do Oriente Médio que se guia pelos parâmetros democráticos é Israel. Os árabes que possuem cidadania israelense possuem mais garantias e direitos civis do que os árabes que vivem sob o governo dos territórios administrados pela Autoridade Palestina, uma estrovenga jurídica que não passa de uma mega-Ong fraudulenta. Durante um certo tempo após a morte de Arafat, bem que a AP tentou um simulacro de democracia, com eleições e tudo, para agradar seus apoiadores da União Européia. No entanto, não demorou muito pra máscara cair. Aliás, Israel é o único país do mundo que repassa fundos para uma organização (a Autoridade Palestina) que luta contra sua própria existência.

4 – O povo árabe não precisa de mais uma ditadura
Existe um mito sociopolítico, criado pelo estrategista e sociólogo norte-americano Samuel Huntington, que afirma que a “civilização árabe” não se coaduna com os valores democráticos. Engano. A prosperidade de países como o califado de Omã, os Emirados Árabes e o Iêmen, dão-se justamente pela adoção de valores como o livre comércio, a liberdade de imprensa e outras tradições democráticas, ainda que dentro de regimes monárquicos. A Espanha e a Inglaterra também são monarquias, e ninguém em sã consciência afirma que são países antidemocráticos por causa disso.
O grande problema do povo árabe não está em Israel, mas sim em seus próprios países, na sua maioria administrados por uma casta social corrupta, despótica e sem princípios. Manifestações populares ocorridas no Líbano anos atrás provam que é possível o povo árabe governar seu próprio destino sem depender de ditadores populistas “salvadores da pátria”. A Autoridade Palestina, como já vimos, será apenas mais uma ditadura sobre o povo árabe. E ele, decididamente, não precisa disso.;