sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Fascista, eu? ah, me poupe!



Postei recentemente os textos deste blog sobre a questão israelo-palestina em uma comunidade virtual de debates. Lá, um debatedor fez estas breves considerações a nosso respeito:

"a idéia "...Por ser pentecostal convicto sou terminantemente contrário ao direito do povo palestino..." nao cola,afinal já conhei muito pentecostal que nao era facista (grifo nosso)."

Vejamos como a linguagem normativa nos apresenta a definição de "Fascismo".

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda: sistema político nacionalista, imperialista, antiliberal e antidemocrático, liderado por Benito Mussolini (1883-1945), na Itália, e que tinha como emblema o feixe (fascio) de varas dos antigos lictores romanos, oficiais que, na antiga Roma, acompanhavam os magistrados com um molho de varas e uma machadinha para as execuções da justiça.

Segundo a Filosofia: O Fascismo se caracteriza justamente pelo combate às liberdades individuais e pela consagração do Estado como ente supremo da civilização. O próprio Mussolini consagrou a expressão-síntese do Fascismo: "Tudo pelo Estado; Nada contra o Estado, e nada fora do Estado".

Segundo a Verborragia do Militonto de Esquerda: "Fascista" virou um xingamento genérico com que o Esquerdista execra todos os que pensam diferente dele. Basta não abraçar algum dos mitos do "politicamente correto", para se tornar um sério candidato ao rótulo de fascista por parte. Outros sinônimos que eles adoram: reacionário, conservador, extrema-direita-que-urra-e-baba, e etc.

Como se vê, o critério do senhor debatedor pra me definir como "fascista" é o terceiro. Nada, porém, mais falso nem mais infiel em relação à História. Fascista, reacionário, é quem abraça a "defesa" do mito Palestino por não ter coragem de defender abertamente a extinção, pura e simples, do Estado de Israel. Defender a criação de mais uma ditadura pra subjugar árabes no Oriente Médio é que é o verdadeiro comportamento fascista.

Estes são os fatos. O resto são tertúlias flácidas para dormitar bovinos (em bom português: conversa mole pra boi dormir).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ainda a Questão Palestina, e os mitos da ultra-esquerda


Mahmoud Ahmadinejad e Hugo Chavez: emblema da união de ocasião entre dois totalitarismos: o fundamentalismo islâmico e a ultra-esquerda latino-americana. A Questão Palestina, naturalmente, depende destes apoios...

Todos os palestino-simpatizantes (ou seja, simpatizantes do terrorismo do Hezzbollah, Fatah e que tais), quando confrontados com argumentos racionais a favor de Israel, sempre tentam rotular a questão como "problema religioso", "discurso fundamentalista" e outras ilusões.

Foi justamente por causa disto que tive o cuidado de deixar de lado, na minha postagem anterior, as justificativas meramente religiosas, para apresentar argumentos à luz da História, da Política, da Sociologia e da própria Lógica. Mas enfim, há quem prefira ignorar a própria realidade, se ela não estiver de acordo com os mitos ideológicos que algumas pessoas assumem...

Há partidos no Brasil que pregam, abertamente, o fim do Estado de Israel. Justamente partidos de ultra-esquerda, que devem todo seu ideário ao judeu Karl Marx. Gente que não conhece nem mesmo a história do pensamento que pensam abraçar, pois antes de 1948, a luta pela existência do Estado de Israel era uma das bandeiras da esquerda. Hoje, claro, defender palestino é muito mais popular. Essa gente sem escrúpulos da ultra-esquerda brasileira e internacional, está sempre atrás do auto-intitulado "oprimido" da vez...

E isso que a esquerda sempre se orgulhou de defender a "auto-determinação dos povos". Hoje em dia, Israel é uma exceção nesta regra, pois nenhum partido de esquerda defende abertamente o direito de Israel à existência. Antes dos escândalos do "mensalão", o atual governo patrocinou uma pantomima diplomática, chamada "Cúpula Árabe e Sul Americana", algo assim. Sob o falso pretexto de acordos comerciais, reuniu ditadores árabes e norte-africanos para criticar Israel. Logo o Brasil, que na era FHC, chegou a ser oficialmente convidado para arbitrar o conflito...lastimável.

Porque sou contra a criação de um Estado Palestino


Tenho descendência sírio-libanesa por parte de bisavô paterno, e minha família, quase que naturalmente, se inclina para uma postura contrária à Israel neste conflito. A tendência esquerdista da maioria dos meus familiares apenas agrava ainda mais esta posição. No entanto, como cristão pentecostal convicto, dou minha posição de maneira clara: sou terminantemente contra a criação de um Estado Palestino. E isso por diversas razões, que aqui passo a elencar:

1 - O "Povo Palestino" é um mito geopolítico
Em outras palavras, o "povo" palestino não existe. O que existe é o povo árabe, que já tem territórios próprios em 90% do Oriente Médio. A Bíblia prova que . O nome "palestinos" deriva de "filisteus". Estes, porém, vieram originalmente de Creta (Caftor), ocuparam partes da região e exterminaram seus habitantes. Em Deuteronômio 2.23 lemos: "Também os caftorins que saíram de Caftor destruíram os aveus, que habitavam em vilas até Gaza, e habitaram no lugar deles" (veja também Js 13.3; Gn 10.14; Jr 47.4; Am 9.7). Os filisteus, por serem oriundos de Creta, nem eram árabes. A palavra "Palestina" é simplesmente uma designação genérica para a terra de Israel, criada pelo imperador romano Adriano.

2 – Os próprios árabes sabem que o “povo” Palestino é uma mentira
Veja o que Zuheir Mohsen, um dos mais importantes representantes da OLP, admitiu em 1977:
“Não existe um povo palestino. A criação de um Estado palestino é um meio para a continuação de nossa luta contra Israel e em prol da unidade árabe... Mas na realidade não existe diferença entre jordanianos e palestinos, sírios e libaneses. Todos nós fazemos parte do povo árabe. Falamos da existência de uma identidade palestina unicamente por razões políticas e estratégicas, pois é do interesse nacional dos árabes contrapor a existência dos palestinos ao sionismo. Por razões táticas a Jordânia, que é um país com território definido, não pode reivindicar Haifa ou Yaffa. Mas como palestino eu posso exigir Haifa, Yaffa, Beersheva e Jerusalém. Entretanto, no momento em que nossa soberania sobre toda a Palestina estiver consolidada, não devemos retardar por nenhum momento a unificação dela com a Jordânia (Fonte: Israel oder Palästina?, Rudolf Pfisterer, Brockhaus, p. 141). "
Na verdade, o nome "palestinos" só passou a ser usado a partir de 1964, quando o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização Para a Libertação da Palestina (OLP). O semanário egípcio El Mussawar escreveu a respeito:
“A criação de uma nação palestina é o resultado de um planejamento progressivo, pois o mundo não admitiria uma guerra de cem milhões de árabes contra uma pequena nação israelense. (Fonte: Israel oder Palästina?, Rudolf Pfisterer, Brockhaus, p. 140)"

3 – Israel é a única nação democrática da região
O único país do Oriente Médio que se guia pelos parâmetros democráticos é Israel. Os árabes que possuem cidadania israelense possuem mais garantias e direitos civis do que os árabes que vivem sob o governo dos territórios administrados pela Autoridade Palestina, uma estrovenga jurídica que não passa de uma mega-Ong fraudulenta. Durante um certo tempo após a morte de Arafat, bem que a AP tentou um simulacro de democracia, com eleições e tudo, para agradar seus apoiadores da União Européia. No entanto, não demorou muito pra máscara cair. Aliás, Israel é o único país do mundo que repassa fundos para uma organização (a Autoridade Palestina) que luta contra sua própria existência.

4 – O povo árabe não precisa de mais uma ditadura
Existe um mito sociopolítico, criado pelo estrategista e sociólogo norte-americano Samuel Huntington, que afirma que a “civilização árabe” não se coaduna com os valores democráticos. Engano. A prosperidade de países como o califado de Omã, os Emirados Árabes e o Iêmen, dão-se justamente pela adoção de valores como o livre comércio, a liberdade de imprensa e outras tradições democráticas, ainda que dentro de regimes monárquicos. A Espanha e a Inglaterra também são monarquias, e ninguém em sã consciência afirma que são países antidemocráticos por causa disso.
O grande problema do povo árabe não está em Israel, mas sim em seus próprios países, na sua maioria administrados por uma casta social corrupta, despótica e sem princípios. Manifestações populares ocorridas no Líbano anos atrás provam que é possível o povo árabe governar seu próprio destino sem depender de ditadores populistas “salvadores da pátria”. A Autoridade Palestina, como já vimos, será apenas mais uma ditadura sobre o povo árabe. E ele, decididamente, não precisa disso.;

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

João Batista e Jesus: um Tributo...


João Batista, em gravura medieval da Igreja Copta Ortodoxa

Uma das passagens mais emocionantes dos Evangelhos (e falo aqui a partir de uma perspectiva bastante pessoal) é o trecho de Mateus 11, em que discípulos enviados por João Batista questionam Jesus a respeito de sua messianidade. Após respondê-los que “os cegos vêem, os coxos andam, os paralíticos são levantados e aos pobres é anunciado o Evangelho”, Jesus inicia um discurso profundamente elogioso, emocionado mesmo, sobre João Batista. Para quem lê a Bíblia com os olhos de um cristão, trata-se de um fato nada desprezível ser digno de menção pelo próprio Filho de Deus.
Esta pequenina passagem tem lições imensas para toda a nossa vida. A primeira, nos é dada pelo próprio João Batista. Alguns leitores apressados (como eu fui, no passado), diante desta passagem se questionam: por que João Batista, meses depois de batizar Jesus e proclamar que ele era o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, mandou lhe perguntarem se ele era mesmo o Messias que haveria de vir? Teria tido algum momento de dúvida, pelo fato de estar preso?
A verdade, entretanto, apresenta um prisma muito mais fascinante. Depois de batizar Jesus, João Batista continuou arrebanhando discípulos e pregando o arrependimento. Muitos deles apenas tinham ouvido falar de Jesus, e tinham muitas dúvidas. João Batista sabia que, para estes, não bastava apenas argumentar ou fazer uma defesa apologética. Por isso João mandou que fossem até Jesus, pois estes precisavam ter o seu próprio contato pessoal, a sua própria experiência com o Mestre Nazareno.
Mais do que crer em Deus, o que precisamos verdadeiramente é ter um encontro pessoal, uma experiência com Ele. Muitos que afirmam crer em Deus crêem apenas por uma convenção social, mas não têm, de fato, uma experiência pessoal com Ele. João Batista compreende esta necessidade, e num gesto de grandeza de quem não tem receios autoritários quanto a seus discípulos, manda-os até Jesus.
A resposta do Mestre, como sempre, não poderia decepcionar. Ao invés de se indignar com a pergunta impertinente dos discípulos de Batista (que tinham tanto receio dela que usaram a autoridade do nome de seu mestre para perguntar), e começar uma longa peroração sobre as profecias das escrituras, sua linhagem davídica e por aí afora, Jesus simplesmente diz: “Dizei a João o que tendes visto”. Os resultados da ação de Jesus, com o poder divino do Espírito Santo sobre a vida de diversas pessoas, falava mais alto que qualquer discurso. E isto serve para nosso exemplo, nossa vida cristã. Como diz o meu professor da faculdade de Teologia, pastor Dalmo Dourado: “O que és, fala tão alto que não ouço o que tu dizes”.
Logo depois, diante dos discípulos exalta a grandeza de João Batista, o precursor de seu ministério. Fala com carinho sobre o primo e preceptor, com a grandeza de quem não veio para desconstruir o passado, mas para ajustá-lo à perspectiva do presente. Fez isso de maneira absolutamente coerente com o que disse no Sermão do Monte: “Não vim para revogar a lei, mas para cumprir”.
Por isso, sempre desconfio de todo tipo de “movimento salvacionista” que surge criticando tudo o que existiu antes e se apresentando, sem modéstia, como “os únicos portadores da verdade”. Este tipo de comportamento deve ser sempre vigiado de perto, seja no campo da fé, da política, das ciências... qualquer um que chega com aquele discurso de “nunca antes na história deste país...” Cuidado. Se for na igreja, é heresia. Se for nas artes ou nas ciências, é embuste; e se for na política, é autoritarismo puro mesmo. Jesus, como provam estas passagens do Novo Testamento, não desconheceu os que deram do seu suor antes dele. Quem somos nós, portanto, pra agir desta forma?

sábado, 1 de dezembro de 2007

Oh! Maranatha!


No silêncio, eu elevo o pensamento
Cai a noite, escuto a voz do coração
Já não lembro mais de qualquer sofrimento
E a quietude se transforma em oração

Seu Poder me cerca por trás e por diante
Fecho os olhos, posso até te ouvir falar
Estremeço por inteiro neste instante
E meu coração se abre prá louvar

Oh! Maranatha! Vem, meu Senhor!
Tu és o Deus da Vida, meu Resgatador!
Oh! Maranatha! Vem, meu Jesus!
E preenche o meu ser com tua Luz!


Se eu me escondo entre vales e montanhas
Mesmo ali o teu Poder vai me alcançar
E se eu voar nas asas da alvorada
Ainda assim a tua mão me susterá

Infinita é tua Misericórdia
Me deixaste contemplar a tua Luz
Eu não era nada e agora, em Ti, sou tudo
Redimido pelo sangue de Jesus