segunda-feira, 26 de maio de 2008

Entendendo a vontade de Deus


Óleo sobre tela, "Sara entrega Hagar a Abraão", de Adriaen van der Werff.

“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. (Proverbios 14:12)

O versículo que abre este texto é um dos poucos, em toda a Bíblia, que se repete. O mesmo texto, com poucas alterações, pode ser lido mais adiante no próprio livro de Provérbios, 16:25, e isto certamente não é obra do acaso. Se o rei Salomão, autor tanto do livro de Provérbios quanto de Eclesiastes, fez questão de repetir esta advertência, com certeza se trata de algo que merece nossa atenção. O rei a quem o Antigo Testamento trata, reverentemente, como o mais sábio e mais rico que já existiu, nos ensina uma verdade que, se fosse apreendida, nos evitaria muitos dissabores ao longo da nossa existência: a dura e forte verdade de que, muitas vezes, aquilo que parece absolutamente certo e correto para nossa vida pode não apenas fugir aos padrões de Deus, como se tornar uma séria ameaça para nossa vida.
Quantas e quantas vezes, ao longo de sua vida, você mesmo já não se deparou com uma escolha que parecia tão coerente, tão racional, e que acabou sendo uma séria ameaça? Por não buscar a direção de Deus em oração, quantos de nós, muitas vezes, tomamos gestos precipitados que nos conduzem a uma situação de derrota, ou pior ainda, de vergonha?
A Bíblia menciona a história de um homem que, apesar de ter grande intimidade com Deus, um dia cometeu uma grande mancada. Abraão ficava entristecido com o desejo de Sara de ter um filho e não receber essa benção, por causa de seu ventre estéril. Deus havia prometido que ela engravidaria mesmo na velhice, mas desde então, anos já haviam se passado. Então, Sara pensou em uma solução que parecia muito prática: porque não dar à Abraão sua escrava, Hagar, para que ela engravidasse e assim ela finalmente tivesse um filho? Afinal de contas, a escrava era sua propriedade, e então o filho que ela gerasse também seria. Abraão, achando a idéia coerente, concordou, demonstrando, com sua decisão, que ele próprio não confiava muito na promessa de Deus.
Hagar engravidou? Sim. Mas a que custo... Não só o filho de Hagar, Ismael, pai dos povos árabes, se tornaria um inimigo do filho da promessa, Israel, dando origem a um conflito de mais de quatro mil anos que perdura até hoje, como o próprio Abraão teve graves conseqüências: por catorze anos, Deus não mais falou com Abraão.
Depois de sofrer muito tempo de sequidão espiritual desesperadora, finalmente Abraão ouviu a voz de Deus, que deu o remédio para toda aquela tristeza: “Abraão, anda na minha presença, e serás perfeito! (Gênesis 17:1)”. Ou seja, o remédio para evitar gestos que podem causar um profundo desastre em nossas vidas, ainda é o mesmo: andar na presença de Deus. E seremos perfeitos! E o mais maravilhoso ainda é saber que, perfeição, na ótica de Deus, não significa ausência de falhas, mas sim coragem em corrigir os rumos que não dão certo.
Se volte para Deus, e Ele certamente te conduzirá pelo caminho correto.
Deus te abençoe.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Um Lar para Deus em Nós


Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. (Sal 84:4).

O Salmo 84 da Bíblia Sagrada, escrito, como quase todos, pelo Rei Davi, é uma notável declaração de amor à Casa do Senhor. Com raríssima leveza poética, o salmista proclama como seria maravilhoso ter o privilégio de morar perpetuamente na Casa do Senhor. Coerentemente, o mesmo autor declara, no quarto versículo do Salmo 27: “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo”.
Davi, o autor da maioria dos salmos da Bíblia Sagrada, bem que desejaria ter sido um levita. Nota-se, pelos textos mencionados, como ele gostaria de ter tido o privilégio que, em seu tempo, era designado somente aos descendentes diretos da tribo de Levi, ou seja, realizar todos os ofícios inerentes ao serviço no Tabernáculo do Senhor, construído segundo as orientações recebidas por Moisés. O tabernáculo, vale dizer, era uma tenda feita segundo especificações detalhadamente relatadas no livro de Levítico, instruídas diretamente por Deus a Moisés. Na antiga aliança, somente os filhos da tribo de Levi podiam exercer funções sacerdotais, e tinham, portanto, o privilégio de estar na presença de Deus perpetuamente. É a este privilégio que se refere Davi, que praticamente não esconde seu desejo de também poder estar diante de Deus todos os dias. Isto fica mais evidente ainda na abertura do Salmo 84: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo”.
Davi tinha outras prerrogativas a exercer, como rei, que o impediam de estar o tempo todo no Tabernáculo, muito embora a Bíblia registre que, sempre que podia, Davi fazia questão de estar adorando a Deus. Consciente da necessidade de termos Deus em nossa vida, Davi liderou com alegria a caravana que trouxe de volta para Jerusalém a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus. O desejo de agradar a Deus era tamanho que, um dia, se deu conta que uma equação estava invertida: ele, rei de Israel, ser humano mortal, habitava em um palácio, enquanto a arca, símbolo da presença de Deus, era guardada em uma tenda. Foi quando resolveu construir uma casa, um templo para o Senhor. Assim, Davi encontrou a solução para o seu desejo incontido de estar na presença de Deus de forma mais contínua, pois embora não chegasse a realizar o sonho de ver a casa construída, empenhou-se grandemente neste projeto.
O advento de Jesus Cristo modificou o foco da adoração a Deus. Na Nova Aliança, o templo em que Deus deseja habitar é nosso próprio coração. Jesus, o Verbo Encarnado, é o testemunho vivo de um Deus que quer ter seu lar dentro de nossa vida, no nosso interior, mais do que em templos feitos por mãos humanas. O templo, ainda hoje, tem seu lugar insubstituível na adoração, mas o lugar onde Deus deseja verdadeiramente habitar, nos dias de hoje, é nosso coração. Para atrair a presença de Deus, construa você mesmo um templo dentro de você.
Que Deus te abençoe grandemente.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Nos Montes ou nos Vales?


"Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará. E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse". (Isaías 40:3-5)

Lendo esta passagem dos escritos do Profeta Isaías, vemos uma clara referência ao caráter do ministério do Messias de Israel, Jesus Cristo, que só nasceria setecentos anos depois. Foi preciso, da parte de Isaías, muita coragem e ousadia para proclamar uma promessa de Deus, que só se cumpriria muito tempo depois de sua morte. O testemunho de fé dado por Isaías precisa servir de exemplo nos dias de hoje, em que as pessoas querem receber as bênçãos prometidas por Deus hoje, agora, imediatamente. Nossa sociedade apressada gosta de soluções "fast-food", mas o relógio de Deus não é cronometrado segundo nossos padrões humanos. Por mais que nos custe esperar por uma vitória, precisamos entender que a providência de Deus sempre chega na hora certa.
Neste trecho de seu grande livro, o profeta Isaías fala que "todo vale será exaltado, e todo monte será abalado". Diz ainda que tudo que é torcido se endireitará, indicando que os terrenos acidentados serão nivelados. À primeira vista, parece que o texto nos fala de uma manifestação tão impactante de Deus no futuro, que a própria geografia que conhecemos será modificada. Creio, de todo coração, que é bem possível que seja assim nos últimos dias, quando Jesus retornar, mas também entendo que esta Palavra nos traz um segredo espiritual para a nossa vida. Aliás, foi minha esposa, Patrícia Torres, quem me chamou a atenção para este aspecto do texto.
O profeta declara que a Glória de Deus tem o poder de "exaltar vales". Com muita referência, a Bíblia se refere usa a palavra "vale" como figura de linguagem para se referir aos momentos de tristeza profunda, angústia ou depressão. Seguramente, quando temos a Glória de Deus dentro de nosso coração, encontramos uma força que nos faz emergir da mais profunda dor. Davi sabia muito bem do que estava falando quando cantou, no Salmo 23: "Ainda que eu atravesse o vale escuro da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam". Isaías também diz que Deus "abate os montes". Os montes representam os lugares altos da nossa consciência, onde costumam nascer a vaidade, o orgulho, a soberba. Quando a pessoa começa a olhar os outros de cima, já não consegue elevar a cabeça e olhar para Jesus, e por isso mesmo, muitas vezes Deus permite circunstâncias de derrota para que a pessoa se lembre que não é melhor do que ninguém, e que como todos, precisa da força de Deus em sua vida.
Um Deus como esse, que é capaz de endireitar tudo aquilo que esteja desnivelado em nossa vida, restituindo nossa dignidade e nos concedendo vida em abundância, é certamente alguém digno de toda a confiança. Confie todos os seus projetos e sonhos a Deus, e tudo com certeza será diferente.
Deus te abençoe.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Treinados para Vencer...



"Pesca Milagrosa", óleo sobre tela de Rafaello Sanzio, o célebre renascentista

E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:18-19)

Uma das marcas mais impressionantes da trajetória pessoal de Jesus é sua atuação como educador. Através dos relatos da Bíblia Sagrada, vemos um verdadeiro mestre se movendo pelas areias da Galiléia, que educava não somente com palavras, mas principalmente através de experiências. É o que o Evangelho de Mateus nos informa, quando Jesus passa por uma pequena vila litorânea, e vê quatro pescadores se preparando para lançar redes ao mar, como tantas e tantas vezes certamente fizeram ao longo de suas vidas. No entanto, aquela pescaria, feita num dia como outro qualquer, seria diferente de todas. Além de pescarem uma quantidade tão grande de peixes que os deixou vivamente impressionados, eles seguiram o conselho de um desconhecido, que os motivou com um convite muito além de sua perspectiva: ser “pescadores de homens”.
É bom que se diga que as pessoas a quem Jesus se dirigiu nunca tinham sido outra coisa na vida. Viviam numa vila de pescadores, os pais eram pescadores, os avós tinham sido pescadores, os filhos provavelmente teriam a mesma profissão. Eles viviam sem qualquer perspectiva de mudança, sem sonhos ou projetos... apenas viviam. Até o dia em que um filho de carpinteiro passou por aquele lugar e os convidou a lançar seus olhos além da sua própria condição.
Lendo a Bíblia de maneira reflexiva, eu entendo que este momento foi o princípio do treinamento a que Jesus submeteu seus doze apóstolos. Todos eles eram gente simples, alguns analfabetos, que nunca tiveram acesso ao conhecimento da Palavra de Deus, que os fariseus daquele tempo guardavam como um segredo hermético, como se Deus quisesse dirigir sua vontade apenas a uma casta de iluminados. Ao contrário, Jesus trabalhou com aqueles doze homens como quem lapidava em pedra bruta, endurecida por anos de ignorância, preconceitos, visão diminuta da realidade. No tempo recorde de três anos, Jesus precisou ensinar aqueles homens embrutecidos a pensar, transformando-os no grupo de doutrinadores mais influente da história da humanidade. Nem a mais moderna faculdade dos dias atuais conseguiu até hoje reproduzir este feito.
Tudo isso porque Jesus acreditava, como acredita ainda hoje, no potencial interior de cada um de nós. Com a pesca milagrosa, foi dado início a um treinamento que os capacitou para vencer, para receber de Deus todas as bênçãos que, antes, não compreenderiam. Ainda nos dias de hoje, Jesus continua instruindo e educando todos os que desejam aprender d’Ele, transformando pessoas frustradas em seres humanos vitoriosos.
Quer ser treinado para vencer? Convide este “professor” para fazer parte de sua vida, e tudo será muito diferente.
Deus te abençoe.

sábado, 10 de maio de 2008

Quer vitória? Se prepare para batalhar!



“E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa; Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã. E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.” (Mateus 9:20-22)

Sonhar, querer realizar grandes projetos, construir uma trajetória de felicidade, é algo que é inerente a todo ser humano. No entanto, enquanto alguns conquistam seus objetivos e constroem um futuro de sucesso, muitos passam pela vida apenas sonhando com um projeto, e se lamentando por não conseguir realizá-lo. Normalmente, estas pessoas desenvolvem uma grande frustração, e na tentativa de racionalizar a situação de fracasso em que se encontram, precisam encontrar um culpado. ‘Se estou assim, a culpa é da minha família, ou de um amigo, ou de um inimigo, ou do governo’... se a energia que algumas pessoas gastam para encontrar culpados fosse investida em realmente trabalhar pela realização de seu sonho, o mundo teria muito menos pessoas frustradas e desacreditadas do seu próprio potencial.
No entanto, ficar parado se lamentando não é uma receita que costume funcionar. O inimitável escritor renascentista inglês Willian Shakespeare, que teve boa parte de sua erudição como influência da tradução bíblica de seu contemporâneo Willian Tyndale, registrou em um dos mais belos textos do mundo: “Não importa em quantos pedaços seu coração fique partido, o mundo não pára pra que você o conserte”. O segredo para conquistar vitórias não está em uma postura de auto-piedade, mas sim em tomar atitudes motivadas por uma fé verdadeiramente ativa em Deus.
Pare um momento para imaginar a cena. Jesus cruzando as ruas de Cafarnaum, a cidade onde tinha a base de seu ministério. Centenas de curiosos o acompanham, como sempre acontece quando alguém importante visita uma cidade pequena. A turba de gente passa pela casa de uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos, e que tinha gasto muito dinheiro na mão de médicos que não a puderam curar. Ouvindo falar a respeito daquele homem que tinha curado muitas pessoas por onde passava, aquela mulher, cujo nome a Bíblia não informa, tomou a decisão de ir atrás de Jesus, dizendo para si mesma: “se eu apenas conseguir tocar suas vestes, sei que serei curada”. Se para pessoas de perfeita saúde já é difícil passar por uma multidão para falar com alguém, imagine para uma mulher enfraquecida por doze anos de hemorragia.
Mesmo impedida de caminhar pela fraqueza, ela não desanimou. Foi até Jesus se arrastando, passando por baixo dos pés de uma multidão de gente. Ela não tinha forças nem mesmo para segurar o manto de Jesus, mas conseguiu tocar nele, e recebeu a cura, o seu sonho, a vitória que tanto buscava, porque não desanimou. Se ao invés de se arriscar, aquela mulher tivesse ficado em casa esperando que Jesus passasse por ali, talvez nada tivesse acontecido. Se queremos vitórias, devemos estar dispostos a lutar por elas.
Em um dos trechos mais maravilhosos do Evangelho, Jesus ensina: “Não se turbe o vosso coração, creia em Deus, creia também em mim” (João 14:1). No original hebraico, “creia” significa “se arrisque”. Crer em Jesus não é um processo passivo. Ele espera de nós atitudes transformadoras, pois são elas que revelam em nós uma fé capaz de atrair sobre nossas vidas o favor de Deus, e nos trazer a vitória. Mas vá em frente, não se deixe levar pelo desânimo. Se você confiar, Deus estará com você.

O Valor de um Amigo


“Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão” (Provérbios 17.17).

Uma das maiores bênçãos que Deus pode conceder para a nossa vida é o profundo valor da amizade. Não há ser humano que possa ter uma vida de qualidade ou uma saúde mental perfeita sem o convívio fraterno com amigos verdadeiros. Mesmo aquelas pessoas que buscam se refugiar da realidade em mosteiros, como ainda é costume em tradições religiosas mais antigas, acabarão desfrutando da companhia de outros, que fatalmente se tornarão seus amigos.
A Bíblia nos conta a história da bonita amizade entre Davi e Jônatas. Davi era genro do rei Saul, e Jônatas filho do rei. Os dois desenvolveram uma profunda amizade, e quando o coração de Saul se voltou contra Davi a ponto de querer mata-lo, o jovem pastor de ovelhas acabou contando com a proteção do filho do rei. Quando Jônatas e Saul morreram em combate contra os filisteus, Davi proclamou: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres (2Sm 1.26)”. Esta frase pode chocar alguém que não tenha jamais sentido um laço de verdadeira amizade com alguém, mas quem já teve um amigo verdadeiro sabe o quanto Davi tem razão. A paixão é um sentimento que pode às vezes ser cruel e ditatorial; a amizade, no entanto, aceita, compreende, motiva, impulsiona, sem exigir nada. Um amor entre um casal, por exemplo, é sempre mais bem sucedido quanto maior for a amizade, o companheirismo, entre os dois.
Lendo a Bíblia Sagrada, compreendemos que uma das motivações para a qual o ser humano foi criado foi o desejo de Deus em ter um amigo. Deus sempre buscou no coração do homem o sentimento da amizade, este conceito tão difuso que o nosso Dicionário Aurélio define como “Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura”. Todos os grandes patriarcas da Bíblia, como Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e os profetas, foram homens com quem Deus quis ter um relacionamento diferenciado. A tal ponto Deus levou esta questão a sério que quis dividir com estes homens tudo o que fazia, e até pedia opiniões. Um Deus onipotente pedindo a um mortal, sugestões sobre o que deveria fazer? Deus fez isso com Abraão, quando pensava em destruir Sodoma e Gomorra. Deus confiava tanto em Abraão que queria que ele fizesse parte de todas as coisas que tencionava fazer.
O maior testemunho do amor de Deus para com a humanidade foi Jesus, nosso Salvador. Um de seus nomes também era Emanuel, ou seja, “Deus conosco”. Através de Jesus, Deus compartilhou com a humanidade seu desejo de ser visto não mais como um rei indiferente, distante em seu trono majestático, sempre pronto a castigar os faltosos, mas antes de tudo como um Deus amoroso, que sempre desejou estar perto de seus filhos, com sentimento de verdadeira amizade. Jesus levou isso a sério. Todos os estudiosos dos Evangelhos concordam que Pedro, Tiago e João eram amigos especiais para Jesus, dentre os doze apóstolos. Quando sabia que era chegada sua hora, Jesus confessou que ele os considerava como amigos: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.”
Jesus quer ser seu amigo. Não aquele amigo-da-onça, que só está com você nas horas boas, mas amigo fiel, aquele amigo da hora ruim, da hora em que ninguém dá um centavo furado por você. Ele está apenas esperando o seu convite. Aceite este amigo hoje mesmo.