quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Porque sou contra a criação de um Estado Palestino


Tenho descendência sírio-libanesa por parte de bisavô paterno, e minha família, quase que naturalmente, se inclina para uma postura contrária à Israel neste conflito. A tendência esquerdista da maioria dos meus familiares apenas agrava ainda mais esta posição. No entanto, como cristão pentecostal convicto, dou minha posição de maneira clara: sou terminantemente contra a criação de um Estado Palestino. E isso por diversas razões, que aqui passo a elencar:

1 - O "Povo Palestino" é um mito geopolítico
Em outras palavras, o "povo" palestino não existe. O que existe é o povo árabe, que já tem territórios próprios em 90% do Oriente Médio. A Bíblia prova que . O nome "palestinos" deriva de "filisteus". Estes, porém, vieram originalmente de Creta (Caftor), ocuparam partes da região e exterminaram seus habitantes. Em Deuteronômio 2.23 lemos: "Também os caftorins que saíram de Caftor destruíram os aveus, que habitavam em vilas até Gaza, e habitaram no lugar deles" (veja também Js 13.3; Gn 10.14; Jr 47.4; Am 9.7). Os filisteus, por serem oriundos de Creta, nem eram árabes. A palavra "Palestina" é simplesmente uma designação genérica para a terra de Israel, criada pelo imperador romano Adriano.

2 – Os próprios árabes sabem que o “povo” Palestino é uma mentira
Veja o que Zuheir Mohsen, um dos mais importantes representantes da OLP, admitiu em 1977:
“Não existe um povo palestino. A criação de um Estado palestino é um meio para a continuação de nossa luta contra Israel e em prol da unidade árabe... Mas na realidade não existe diferença entre jordanianos e palestinos, sírios e libaneses. Todos nós fazemos parte do povo árabe. Falamos da existência de uma identidade palestina unicamente por razões políticas e estratégicas, pois é do interesse nacional dos árabes contrapor a existência dos palestinos ao sionismo. Por razões táticas a Jordânia, que é um país com território definido, não pode reivindicar Haifa ou Yaffa. Mas como palestino eu posso exigir Haifa, Yaffa, Beersheva e Jerusalém. Entretanto, no momento em que nossa soberania sobre toda a Palestina estiver consolidada, não devemos retardar por nenhum momento a unificação dela com a Jordânia (Fonte: Israel oder Palästina?, Rudolf Pfisterer, Brockhaus, p. 141). "
Na verdade, o nome "palestinos" só passou a ser usado a partir de 1964, quando o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização Para a Libertação da Palestina (OLP). O semanário egípcio El Mussawar escreveu a respeito:
“A criação de uma nação palestina é o resultado de um planejamento progressivo, pois o mundo não admitiria uma guerra de cem milhões de árabes contra uma pequena nação israelense. (Fonte: Israel oder Palästina?, Rudolf Pfisterer, Brockhaus, p. 140)"

3 – Israel é a única nação democrática da região
O único país do Oriente Médio que se guia pelos parâmetros democráticos é Israel. Os árabes que possuem cidadania israelense possuem mais garantias e direitos civis do que os árabes que vivem sob o governo dos territórios administrados pela Autoridade Palestina, uma estrovenga jurídica que não passa de uma mega-Ong fraudulenta. Durante um certo tempo após a morte de Arafat, bem que a AP tentou um simulacro de democracia, com eleições e tudo, para agradar seus apoiadores da União Européia. No entanto, não demorou muito pra máscara cair. Aliás, Israel é o único país do mundo que repassa fundos para uma organização (a Autoridade Palestina) que luta contra sua própria existência.

4 – O povo árabe não precisa de mais uma ditadura
Existe um mito sociopolítico, criado pelo estrategista e sociólogo norte-americano Samuel Huntington, que afirma que a “civilização árabe” não se coaduna com os valores democráticos. Engano. A prosperidade de países como o califado de Omã, os Emirados Árabes e o Iêmen, dão-se justamente pela adoção de valores como o livre comércio, a liberdade de imprensa e outras tradições democráticas, ainda que dentro de regimes monárquicos. A Espanha e a Inglaterra também são monarquias, e ninguém em sã consciência afirma que são países antidemocráticos por causa disso.
O grande problema do povo árabe não está em Israel, mas sim em seus próprios países, na sua maioria administrados por uma casta social corrupta, despótica e sem princípios. Manifestações populares ocorridas no Líbano anos atrás provam que é possível o povo árabe governar seu próprio destino sem depender de ditadores populistas “salvadores da pátria”. A Autoridade Palestina, como já vimos, será apenas mais uma ditadura sobre o povo árabe. E ele, decididamente, não precisa disso.;

3 comentários:

Vinícius Rodovalho disse...

Ainda não tenho uma posição definida sobre a criação de tal Estado. Até porque situações polêmicas exigem uma reflexão maior. Seus argumentos, contudo, são válidos. Principalmente a não-existência de uma nação palestina propriamente dita. Talvez não se trate de nada mais que uma máscara política. Entretanto, como disse, ainda há muito mais a ser refletido.

Carlos André disse...

Pra quem grifa erro de português alheio, como no post em que tu transcreves a mensagem do outro cara no "fórum" (ah, o tempo livre!), sugiro que tire a crase na expressão "contrária À Israel", ou coloque um "de" que se oporia a "posição", tornando a frase correta e, como gostas, adequada ao padrão "normativo".

Carlos André disse...

E quanto ao argumento que usa a palavra "democracia" em vão, caro pastor: democracia na qual uma parcela significativa da população, a "árabe", como dizes, não faz valer seus direitos é apenas uma ditadura oligárquica com direito a voto.