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segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Terrível Ato de Maldizer


“Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!” (Salmo 52;4)

Você já ouviu uma fofoca? Quem sabe, ao longo de sua vida, você mesmo já tenha pronunciado algum comentário de fonte não muito confiável a respeito de alguém, na base do “ouvi dizer”... Não, você não está sozinho nisso. Na verdade, nos dias atuais, em tempos de Internet e de informação na velocidade da luz, não são apenas as notícias e informações úteis que correm velozes. A fofoca também. Um dos exemplos desta nova “cultura da fofoca” da sociedade moderna é a profusão de programas de TV cujo principal assunto são os boatos, “quentes” ou “frios”, sobre a vida dos famosos ou nem tão famosos assim. Algumas “celebridades”, cientes de que esta é uma forma de estar na mídia, até mesmo incentivam, “plantam” informações maldosas sobre si mesmos, num ciclo vicioso e doentio.
No entanto, há quem ache um grande divertimento comentar da vida alheia. Estranhamente, quase nunca se comenta algo de bom, porque o tipo de comentário que “rende” é a observação injuriosa, e muitas vezes, mentirosa. A tradição judaica, dos primeiros intérpretes da Bíblia, equipara a fofoca ao assassinato, pois em ambos os casos está presente aquilo que a Bíblia chama de “derramamento de sangue inocente”. Na verdade, a Bíblia considera a fofoca pior do que o assassinato, porque a vítima ainda está viva para sofrer a injúria. Em outras palavras, a fofoca é uma espécie de assassinato da honra. O fofoqueiro é alguém que, segundo o Salmo 52, “ama todas as palavras destruidoras”. Mais acima, o mesmo texto diz: “A tua língua intenta o mal, como uma navalha afiada, tramando enganos (v.2)”.
O célebre psicólogo Carl Gustav Jung, contemporâneo de Freud, ensinava que o fofoqueiro é alguém que não conseguiu satisfazer sua vida e auto-estima pelos meios normais, e precisa da maledicência para se compensar. Em outras palavras, o fofoqueiro é um doente, que muitas vezes não avalia as dimensões do mal que gera.
Deus dá muito valor àquilo que falamos. Tanto assim é que a oração é o meio que Ele instituiu para adquirirmos o Seu favor. Se proferirmos bênçãos, seremos abençoados; se, no entanto, proferimos maldições, seremos abençoados. O rei Salomão, sabiamente, ensina: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto” (Provérbios 18:21). Jesus, de forma ainda mais radical, repudia os lábios cheios de comentários maldosos com um argumento incontestável: “A boca fala daquilo que o coração está cheio!” (Mateus 12:34).
Portanto, vigiemos nossos lábios e nosso coração todos os dias, para que nossa boca pronuncie somente palavras abençoadoras: um elogio, uma gentileza, um hino de louvor a Deus...e se você é do tipo inteligente e sagaz, contenha sua ironia. Tente fazer da sua notável inteligência uma forma de ajudar os outros, não de destruí-los. O Salmo 15 diz que só entrará no Santuário de Deus (ou seja, no coração de Deus) quem “não difama com sua língua e não faz mal a seu próximo”.
Deus livre você das línguas fraudulentas... e, principalmente, livre-o de ser uma delas!
O Senhor Jesus te abençoe abundantemente.

sábado, 29 de março de 2008

Ditadura do Relativismo: O Triste Exemplo Europeu


O Parlamento da Holanda, um dos países-membros da União Européia, numa votação que chamou a atenção de toda a mídia mundial, aprovou, em fevereiro de 2008, uma nova lei que permite a qualquer cidadão, a prática de sexo no ambiente das praças.
Em dezembro de 2007, o pastor inglês Stephen Green foi detido pela polícia britânica por ter distribuído folhetos evangelísticos em uma praça londrina. Os textos “subversivos” distribuídos por Green diziam: “Jesus Cristo é o único Salvador de todos os nossos pecados”. A distribuição de folhetos evangelísticos é proibida também na França, Holanda, Suécia e diversos outros países do bloco. Na Suécia, o pastor Ake Green foi preso ao distribuir folhetos evangelísticos durante uma passeata gay. A mídia sueca fez forte pressão contra o pregador, acusando-o de ferir os direitos humanos. Na Suécia, um pastor pode ser preso simplesmente por abrir a Bíblia em Romanos 1.26-27, texto onde o apóstolo Paul repudia a prática do homossexualismo. No mesmo ano, a Câmara Municipal de Norfolk, na Inglaterra, recusou-se a aprovar os estatutos da Casa Barnabé, que abriga jovens desamparados em Kingslynn, apenas porque o texto possuía a palavra “cristão”.
O que estas decisões tão díspares entre si querem nos revelar? A Europa, berço de Enrich Zwingli, John Huss, Martinho Lutero, Jean Calvine, John Milton e muitos outros, hoje permite até mesmo atos sexuais nas praças, mas proíbe que as igrejas pratiquem evangelismo e exerçam sua liberdade de expressão nestes mesmos locais. Isto demonstra que o politically correct, pensamento predominante na cultura européia dos dias atuais, apesar do discurso de tolerância, respeito aos direitos humanos, respeito à diversidade e outras bandeiras, possui uma prática que demonstra que estes valores não valem para os cristãos. Comportamentos que outrora eram considerados repugnantes pelo ensino da Bíblia Sagrada, foram sendo tolerados com o passar dos anos e hoje se tornaram uma verdadeira imposição. Grupos defensores deste tipo de pensamento falsamente pluralista, já não se preocupam mais em conquistar seus direitos, mas querem impor seu comportamento como uma regra para toda a sociedade civil.
As praças, desde os tempos da antiga democracia grega, sempre foram locais de exercício pleno da convivência comunitária, da discussão de idéias. O magistral poeta brasileiro Castro Alves proclamava que “a praça é do povo, como o céu é do condor”. No entanto, o moderno pensamento liberal, aprovando esta nova permissão para a prática do sexo nas praças holandesas, rouba o espaço público para a prática de um ato privado, querendo impor um triunfo simbólico do individualismo egocêntrico e anticristão sobre os valores familiares da cristandade. O célebre escritor Alan Broom aborda justamente a ótica míope do relativismo em sua obra “O Declínio da Cultura Ocidental (São Paulo, Best Seller, 1989).
A Holanda que hoje aprova o sexo livre nas praças e o uso indiscriminado de drogas em qualquer lugar público, somente experimentou o crescimento de uma consciência social quando seus valores eram inspirados nas Sagradas Escrituras, como nos tempos do renomado teólogo Abraham Kuyper (foto), feroz defensor da ortodoxia bíblica contra o racionalismo cristão e a teologia liberal, que assimilou valores do humanismo ateu. Fundador da Universidade Livre de Amsterdã, o pastor Abraham Kuyper foi deputado pelo Partido Anti-Revolucionário, autor de um código de defesa dos direitos dos trabalhadores, o qual baseou em Tiago 5.1-11. Foi primeiro-ministro da Holanda de 1900 a 1905, ampliando o direito ao voto e criando a primeira legislação trabalhista do país. Outro exemplo notável foi o deputado inglês Willian Wilberforce, pregador protestante, que depois de apresentar por nove vezes o mesmo projeto aprovado somente em 1807, fez com que a Inglaterra fosse o primeiro país do mundo a abolir a escravidão. Os valores cristãos, que historicamente sempre estiveram na vanguarda dos direitos dos homens e mulheres, agora são banidos da vida européia em nome de uma falsa consciência universal, que prega pluralismo e liberdade para todos os indivíduos... menos para os cristãos.